sebastiao escreveu: "hoje, ao sair pro trabalho, saí do portão da minha casa e senti um cheiro de grama cortada na minha rua. desde que eu nasci é o mesmo cheiro, a mesma grama, a mesma rua. por toda a minha vida senti essa sensação tão insignificante por si só, mas tão poderosa pela simples repetição. sentir aquela sensação, pra mim, foi, e sempre é, como me encolher na minha cama, no meu quarto, debaixo de minhas cobertas. o cheiro da grama - e só a grama da minha rua tem esse cheiro - me dá uma sensação de segurança e de poder incomparável. talvez porque seja só para mim"
sebs, posso te contar um segredinho?
nao sei como é o cheiro da grama da tua rua, aliás, nem sei qual é a tua rua, mas 99% das pessoas têm recordaçoes incríveis quando sentem esse cheiro. talvez as pessoas que moram em nova york nao porque lá nao deve mais nem existir grama. todas as outras, sim. simplesmente porque é uma delícia mesmo. e, claro, 99% das pessoas devem achar que só elas percebem o quanto esse cheiro é valioso. eu, na verdade, prefiro o cheiro daqueles segundos logo depois que começou a chover. o cheiro é quase igual, de grama e terra "molhando" (depois que está molhada, já nao cheira igual). e eu prefiro esse porque dura só umas duas respiradas, depois já acaba. e é só na primeira chuvarada do dia, depois, nas próximas, a terra já tá úmida e o cheiro nao vem. por isso que, quando chove, sempre deixo as janelas do carro abertas.
sobre sentir as pedras do chao de torres na sola dos pés, tá, essa sim, é só tua. ou pelo menos só dos veranistas de torres. em xangri-lá as pedras sao muito irregulares, meio novas ainda. lembrar delas sem havaianas me dá até dor. ui. quantas vezes nao chutei aqueles paralelepípedos maledetos?! tô arrepiada de agonia só de pensar. ainda bem que a gente vendeu a casa de xangri-lá :P
12.9.03
Postado por the writer às 3:45 PM
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