29.3.06

vocês já viram "fontana" congelada?
o maior barato. eu já, ó:



e essa?



tá, agora vamos entrar que tá muito frio!!

20.3.06

So no one told you life was gonna be this way ...

Quer ver as palavras que eu estou odiando por esses dias?
Fantasia. Perspectivas. Analisar. Pesar. E a pior de todas sem a menor sombra de dúvida: Prioridades!
Na boa, por quê, porque e por que que agora a gente tem sempre que desmanchar a nossa fantasia, analisar as perspectivas do futuro e, aaaaaaaaaargs, pesar as nossas PRIORIDADES?
Eu não quero ter prioridades.
Eu não quero mais crescer.
Quando eu era adolescente me diziam que a adolescência era o período mais difícil da vida da gente, quando tudo ficava meio obscuro e a gente tinha que tomar várias decisões. Nossa, a adolescência era um bicho com pêlos e penas, a barriga roxa, as patas verdes todo meio gosmento que vinha caminhar no teu travesseiro enquanto tu dormia. Caramba. A adolescência foi com certeza o período mais divertido de toda a minha vida. Alguma tristeza, é claro, mas eu voltava lá agora mesmo sem nem pensar meia vez.
Por que é que ninguém nos conta que virar adulto é que dói no dente?
Por que os psicólogos, psicopedagogos e demais nos fazem acreditar que aquela época dourada e doida pra diabo É RUIM? É DIFÍCIL? Ou eu tô me esquecendo alguma coisa muito séria, ou eles é que tão.

Eu não sei, eu tô furiosa comigo porque me deixei crescer. E agora tenho que ficar aqui analisando prioridades e estragando fantasias e calculando o imposto de renda. Aquilo tudo era uma mentira braba cabeluda, gosmenta e feia.
Não quero nem imaginar os 70, como vão ser.
Meeeeeda.

16.3.06

meus bons amigos onde estão? notícias de todos quero saber.
cada um fez sua vida de forma diferente, às vezes me pergunto, malditos ou inocentes?


minha turma de colégio sempre foi legal pra caramba. por anos e anos. até que não mais. um dia, deve ter sido quando a gente começou a ter tpm e os guris a suar fedorento depois do futebol, cada um olhava mais criticamente pros outros e todo mundo ficou chato pra diabo. lá pelas tantas neguinho tinha vergonha de ficar de papo com outro porque estava vestido meio ridículo. e tava mesmo. em 1995, quase todo mundo no terceiro ano do segundo grau - ano escolar que nem se chama mais assim - se vestia meio ridículo. engraçado pensar agora.

acabou o "colégio", cada um pro seu lado, faculdade, trabalho, vagabundear, cada um cada um. às vezes se encontrava um ex-colega perdido por aí, no meio do carnaval, bêbado, e se dava risada. depois um ia no banheiro e mais uns três anos sem se ver. daí a gurizada começou a se encontrar nas sinaleiras. abaninho, vamos nos ver, vamos agilizar, vamos, vamos, abriu, tchau, se falamo.

e, nessas, todo mundo começou a ficar: mais gordo, mais magro, mais careca, mais mãe, mais casado, mais longe, mais barrigudo, mais tio, mais assalariado, mais rico, mais vagabundo, mais médico, mais doutor, mais pobre, mais chato, mais legal.

levou 11 anos, apesar da agilização ter começado para organizar a nossa festa de 10 anos do fim do colégio, para essa tchurma se juntar novamente. tenho certeza, um de cada jeito completamente diferente e completamente igual àquela época. porque, na boa, quando tu passa a adolescência com alguém, tu conhece essa figura para sempre. é o nosso melhor e o nosso pior, tudo junto exagerado. e tão lá, agora mesmo, todos eles tomando cerveja e lembrando dos melhores e dos piores momentos - em geral, claro, os melhores momentos de uns vão ser os piores de outros, mas isso já nem tem mais importância - e rindo barbaridade.

meia dúzia mora longe. e vamos ficar no bico seco essa noite. saco.

15.3.06

o mundo é divido em dois - os que mandam e os que bedecem
ou como é caro para caramba mesmo casar


daí que eu e o italiano resolvemos casar. eu adorei a função no início, comecei a imaginar umonte de surpresas para a festa, lembrancinhas personalizadas, patati, patatá. depois comecei a ver os preços. daí perdi a vontade. é caro demais casar. já queria desistir de tudo... ficar junto já tá bom, que casamento que nada...

mas o gringo quer. e eu sou boa de festa também, né, não nego que ser o centro das atenções me atrai um poquinho :)
daí domingo passei literalmente horas no telefone tentando fazer orçamentos para o nosso casamento. liga aqui, liga ali, explica trocentas vezes a mesma coisa... sim, porque eu tive a brilhante idéia de bater pé que o casamento tinha que ser no brasil. bem feito. agora tenho que negociar tudo eu porque o português do italiano, digamos assim, es muy, muy bueno, como no?

depois de falar, falar, falar, perder a calma, querer desistir de tudo, ser convencida do contrário, me lastimo pela enésima vez: que saco, não aguento mais falar sobre isso e no telefone...

- mas calma, amore mio, tu tá fazendo isso para o NOSSO casamento - diz ele.
- e tu, amore mio, cosa fai per il NOSTRO matrimonio?
- é... io pago.

hummmm, fiz os cálculos e acho que continuo com os telefonemas, obrigada.

14.3.06

lula e berlusca: um time vencendor!

tô acompanhando as notícias das duas eleições, a italiana, que acontece dia 9 e 10 de abril, e da brasileira, que começa a montar o circo agora. sinceramente, acho que vai ser um ano de grandes diversões - e muitas tristezas quando as urnas forem abertas.

o berlusca, por exemplo, DOBROU o seu patrimônio pessoa durante os cinco anos primeiro-ministro. o lula, bem, vocês sabem melhor do que eu...

e a coisa mais séria nessa bagunça toda: nos dois lados do atlântico as opções são fedidas bragarái!! na itália o mortadela (apelido carinhoso do prodi) já governou e fez muita bobagem. no brasil, não adianta, o PSDB, depois de oito anos sem fazer NADA pela saúde pública e pela universidade federal, não leva o meu insignificante votinho.

7.3.06

desculpaí

putz, não sei tu, mas eu me sinto culpada quase o tempo todo. As vezes até dormindo. porque não liguei ainda para aquela amiga que está grávida para quem fiquei de ligar quando passasse voando pelo brasil. até presente eu comprei, mas ainda tá lá em casa, esperando para ela saber que deve passar lá para pegar. também porque não liguei para praticamente ninguém quando passei pelo brasil. não deu tempo. mas esse post é sobre a culpa, não sobre a desculpa.

porque não tirei o lixo hoje. porque algumas vezes, em bruxelas, pego o metrô sem pagar. porque não estou do lado da minha mãe. porque não estou nem mesma cidade que a minha mãe. porque não tô nem mesmo do mesmo lado do oceano que ela. porque tenho vários emails para responder. porque tenho que passar no banco para mudar meu endereço. há pelo menos 2 meses. porque comi uma pizza congelada da minha flat mate, mas ainda não fui no super comprar outra. porque minhas roupas estão uma bagunça em cima da cama e eu só vou tirar elas dali para colocar aqui, em cima desta cadeira antes de ir dormir. porque andei quebrando alguns corações por aí nos últimos anos. porque não faço nenhum trabalho comunitário. porque eventualmente fico braba e brigo com o piero completamente sem ter razão. porque devia ter ido correr hoje, mas tava muito frio. porque alguém me chamou no msn para "teclar" e eu ignorei. porque eu odeio muitas coisas, como por exemplo a palavra "teclar".

eu me sinto tão culpada que não sei como ainda não estou naquela super prisão de segurança máxima que o fantástico sempre ia visitar para fazer matérias super hiper deprimentes quando eu era criança. deve ser falha da justiça, porque a justiça, todo mundo sabe, é uma m.

fui ler no dicionário se a minha culpa estava lá e, caraca, levando em conta o tamanho da definição, não só a minha, mas todas as culpas de vocês estão lá também. nem comecei a ler que era para não ficar culpada por parar antes de acabar... será que devia ter lido? será que teria sido mais honesto escrever aqui depois de ler toda aquela coisarada? ai, foi mal, desculpaí.



ps: parece que eu voltei a escrever aqui exatamente quando a lari decidiu parar lá. tá, admito, eu andava mesmo culpada por ter abandonado o blog por tanto tempo... mas pô, e agora como é que eu vou saber de ti, ô mala?! sinta-se MUITO culpada, oras!

1.3.06

amor de fim de semana...
e várias libras de conta telefônica.

em london london: na frente da tower bridge, ali no ladinho de casa








na itália, em alba, uns dias antes do natal... e depois do ano novo - em roma




e, finalmente, em bruxelas, minutos antes de pegar o avião de volta para... casa??!






















parece tudo de bom, mas sai caro para diabo...
e quase sempre dá um saudaaaaade daquelas com cinco as no meio bem no meio da semana.
mas assim, quando a gente espera e acumula várias fotinhos dos finais de semana, it looks good :)