6.10.03

ups. foi alto demais?
eu nao escrevo para ti. eu escrevo para mim. escrevo porque sem escrever, eu nao ia conseguir. e jogo tudo aqui porque, no fim das contas, os pudores, os receios, só nos afastam. as minhas gavetas já estao lotadas, baby. de tempos em tempos eu as abro e queimo tudo o que tem dentro. só pelo prazer de escrever tudo de novo. já nao tento medir palavras. nao tento adoçar o mal. "agora vai como sair, eu já nao quero nem saber". mesmo sabendo que, por menos pudor e cálculo que se queira, a verdade vem sempre com a sua máscara. escrever nao é encadear palavra por palavra, reler, e apertar o botao de post and publish. para mim é um vômito, uma lágrima. ou um riso. que nao tem como nao sair. e que se nao sai, fica ali, fazendo mal. e que só se entende "como foi que saiu", veio bem? veio mal? depois que saiu. como quando a gente dá aquela risada mais alta que todo mundo e se faz um silêncio constrangedor para ver quem, cazzo, deu aquela risada estrondosa?! e a gente ruboriza. mas a risada... essa já saiu.

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