30.8.04

verbo + RÁ + tica

aprendi nas aulas de psicologia da faculdade de jornalismo (tá entendo?) que os seres humanos têm o direito de ser exatamente o que querem, independem completamente da opiniao alheia. e, segundo nos fez chegar à conclusao aquela professora de belos olhos e cabelos leônicos (que eu nao lembro o nome agora), os homens e mulheres sao essencialmente livres.
a idéia é: mesmo que todos no mundo, no teu país ou na tua cidade nao gostem do que tu diz, tu nao vais deixar de viver por isso. essencialmente, claro, dependendo de o que tu disseres, quem sabe formigas amanhecerao na tua boca, nunca se sabe. mas enfim, teu sangue nao vai parar de correr porque tu nao agrada.
e por poucos segundos depois de reconhecer essa afirmaçao óbvia, me senti a criatura mais livre e sortuda do mundo. é verdade, as pessoas podem me criticar, mas e daí?
acho que encarando o mundo assim, ficou mais fácil de escolher viver para aquilo que eu efetivamente queria e gostava, e nunca mais voltar a pensar no sentimento de desvalorizaçao ao nao ser escolhida para ser a nova apresentadora do jornal do almoço. na verdade, nunca mais nem quis saber quando e como seriam feitas as inscriçoes para o caras novas. se eu podia efetivamente fazer o que eu gostava, sem sofrer por isso, sem deixar de respirar, que outro impedimento eu teria. só eu mesma. e eventualmente um teste para virar apresentadora gostosa de tv (digamos a verdade, apresentadora de tv eu até podia virar, mas gostosa, ia dar trabalho demais...).
e acho que assim, devagarinho e muitas vezes inconscientemente, fui fazendo as minhas escolhas. até chegar aqui, seja o aqui cheio de glamour ou nem tanto. estou aqui. no hoje, no momento-já. e nao vai ser p... nenhuma de mil euros por mês e o trabalho de secretária (com todo o respeito aos profissionais do ramo, que porém nao é o meu) que eu vou jogar toda essa descoberta para o ar!
sabem o que mais? nem lembro o nome da professora essa (alguém, alguém?), mas, putz, muito obrigada pela óbvia e genial liçao!