é o que dizem
eu não sei tu, mas eu sempre tive problemas na hora de escolher.
para mim, quase sempre a dor de perder todas as outras possibilidades era mais forte que a jóia de eleger a minha escolha. e eu nem a considerava "a minha escolha", eu considerava "apenas uma das opções". tirando as grandes paixões da minha vida, eu sempre fui uma embananada para tirar só uma carta do baralho e ficar feliz, tranqüila, mesmo sabendo que todas as outras cartas continuariam ali na mesa.
aaai, que beleza, eu acharia, um mundo sem tantas opções.
tudo tão mais fácil, mais óbvio. menos complexo, menos variado. o caminho trilhado antes mesmo de a gente começar o passeio. nada de encruzilhadas, bifurcações. nada de "marque um X na opção desejada". até o elevador teria apenas um botão. e todos os cinemas da cidade passariam sempre o mesmo filme. e a cerveja seria sempre original.
mas ai que saco que isso tudo seria!
dizem que crescer é isso, né?
saber fazer escolhas e saber aceitar as evidentes renúncias que ela provoca. e, sabe o que mais, começo a achar que realmente crescer é um grande barato, mesmo com toda a frustração que a vida possa nos causar. acho que no fundo basta ter bons amigos por perto para de vez em quando sair para tomar um sorvete, rir e pensar como é bom ter tido a chance de ter escolhido aquele amigo para estar ali, dividindo aquele sorvete (de limão ou chocolate?) e vivendo um dos melhores momentos da tua vida.
27.1.05
Postado por the writer às 1:18 PM
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