11.10.06

Viver para trabalhar ou trabalhar para viver

Nao que eu tivesse duvidas, pelo contrario, desde que desembarquei na Italia cinco anos atras eu entendi que, apesar de todos os seus defeitos e do terrivel habito de reclamar o tempo todo, os europeus sabem viver melhor que "os outros".

Viver melhor que os outros eh muito amplo, yo se, pero mesmo sem saber explicar como eles fazem isso, alguns fatos comprovam isso com firmeza, quer ver? As populacoes europeis estao entre as que vivem mais anos - o que inclusive e um problemao para os governos. Pelo menos cinco das melhores cozinhas do mundo estao na Europa. Tambem os melhores vinhos e as melhores cervejas, e nem me vem com Chile, California e Australia que nada supera um vinho verde ou um barolo. Na Europa se trabalha menos horas que nos Estados Unidos, mas a producao por ora trabalhada e superior.

Mas essa aqui explicita melhor uma coisa que se nota por aqui: "A vida na Europa não tem os excessos de riqueza nem de pobreza americanos mas é política, cultural e moralmente mais viável". Excessos aqui, alias, sao poucos. Soh de turistas em agosto... por isso mesmo que a lenda se confirma: aqui nao se vive para trabalhar, se trabalha para viver.

Eh agradavel viver num lugar onde os mais ricos e os mais pobres nao estao tao distantes. Nao que aqui qualquer um fique rico. Mas tambem ninguem morre de fome. E nao morre mesmo. Soh se quiser.

Tambem tem coisas muito chatas na Europa, claro. E muito, mas muito chato. Mas isso voces vao ler em um outro post.

Porem o que me fez comecar a escrever este post foi uma outra frase do texto do Lucas Mendes. Falando do Plano Marshall, ele lembra que em 1947, logo depois da guerra, a destruida Europa embolsou o equivalente a U$200 bilhões hoje. "Sem corrupção nem desperdício, em menos de 5 anos, a Europa estava de pé e em 20, estava industrializada."

Agora sim, cheguei onde eu estava querendo. Depois de pensar muito e me remoer com a ideia, decidi que vou tristemente votar no Alckmin.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa escolha, Tchutchu. Vai por mim...