22.12.04

tô sofrendo de falta de inspiração

teoricamente estou de férias, mas há meses eu não tinha tanta coisa para fazer. sabe como é estar de férias em casa, né? acaba sobrando para ti o supermercado, o banco, esperar a telentrega chegar, ligar para marcar sei lá o que...

só que eu tinha que escrever alguma coisa aqui, o chico é valioso, mas ficar de manchete uma semana já é de bom tamanho. mais do que isso, ficaria muito evidente a minha preguiça... digo, falta de inspiração.

14.12.04

dizem que ter amigos é tudo na vida, né?

eu tenho um amigo que é amigo do chico. daquele mesmo, o buarque de holanda. e ele, o meu amigo, vive se fazendo de bobo porque ontem foi jantar com o chico, porque na semana que vem chega o chico, porque o chico é muito generoso, o chico é muito divertido...

eu aceito e assumidamente invejo tudo.
fico que nem boba ouvindo as histórias do fernando e do chico. sim, porque o chico é famoso, deve ser rico, é lindo, talentoso e o que mais tu quiser que seja. mas só uma mulher, e eu diria mais, só uma mulher chamada carolina, sabe o que o chico representa na imaginaçao dela. na adolescência dela. e por que nao, na vida dela.

se existem, sei lá, 26 milhoes de carolinas no brasil, só na minha geraçao, é tudo por causa do chico. às vezes por culpa dele, às vezes graças a ele. porque é um verdadeiro pé no saco ter 5264 amigas com o mesmo nome que tu. mas é bonito ter o nome escolhido por causa de uma música. e uma música linda. e uma música do chico. nao é pra qualquer uma, né? nao... é para 5264 só no teu círculo de amizade.

e é emocionante também ouvir ele te cantando durante 26 anos. na vitrola. na fita k-7. no cd. no cd do caetano. na novela...

mas, inexplicável messsmo, é ouvir o chico te chamando pelo nome, carolina, no telefone. é. um dia tu liga pro teu amigo, o fernando, que quase por acaso tá ao lado do chico e passa o celular pra ele: é a carolina, chico, a carolina de roma...

segundos mágicos de silêncio: (essa próxima linha merece um parágrafo inteiro só pra ela)

- carolina, come va?

pois é. hoje eu acordei, fiz as malas para viajar para o brasil amanha, e depois falei com o chico no telefone in italiano. ah, sim, porque vocês nao sabem, mas eu e o chico moramos em roma na mesma rua, ou na mesma via. a nomentana. fomos vizinhos. apenas alguns metros e muitos anos de distância nos separavam.

agora tô aqui boba, parecendo una ragazzina..., só porque falei com o meu vizinho

13.12.04

no livro que eu tô lendo
em um momento o personagem principal, que está totalmente em crise, diz mais ou menos o seguinte: sempre que eu acabo de almoçar e tomar o cafezinho, tenho vontade de ir no banheiro descarregar. mas sabe como é, às vezes almoço um sanduíche num bar, e banheiro de bar nunca é lá essas coisas. prefiro esperar para ir ao banheiro em casa. mas aí é que tá. se espero, quando chego em casa, nunca "descarrego" legal. acabo tendo que ir ao banheiro várias vezes e vou descarregando aos poucos. e preciso forçar a barra. não é tão natural como poderia ter sido se eu tivesse ido no benheiro do bar.

eu, e agora sou eu mesma, não mais o personagem, tô precisando mudar algumas coisas. tô precisando tomar umas decisões. e sinto que já esperei demais. agora não vai sair assim tão natural. agora vou ter que dar um empurrão. mas não sei muito bem ainda pra que lado.
ai. pára tudo que eu tô querendo mudar de trem!

7.12.04

tomate-laranja tres real!

primeiras experiências de uma hostess de feira (bá, é certo que hostess não se escreve assim, mas tô cansada demais para procurar como é a grafia correta. eu sou paga para sorrir, e não para pensar, porra!)

a pior coisa de trabalhar numa feira é constatar o óbvio: não existe sapato cômodo para um dia inteiro de pé.

a melhor coisa de trabalhar numa feira é não sair dela carregando uma sacola feia e cheia de patrocínios que você acha que vai usar para ir a praia ou para carregar os cadernos da universidade, mas que na verdade, ao chegar em casa vai encostá-la em um canto e ali ela ficará até que, daqui uns meses, você se renda e jogue fora todos aqueles papéis completamente inúteis e transfira a sacola feiosa para um armário de onde ela nunca mais sairá. a não ser que você se mude, e a pessoa que venha a viver na sua casa prefira jogar as suas porcarias abandonadas fora antes de colocar outras coisas ali dentro.

neste caso, a sua sacola feiosa arrecadada em feira servirá para embalar as outras porcarias que você acumulou - muito provavelmente em outras feiras - para mais tarde abandonar.

3.12.04

céreb o quê mesmo?
a adriana que tinha o blog aqui em dc, mas que não tem mais, achou essa belezura em uma revista de fofocas:

Declaração da Vanessa Camargo:
"Comecei a ler jornal de uns dois anos para cá. E eu não sou uma pessoa que consegue ver o Jornal Nacional todo dia, porque minha cabeça... nossa! É muita informação."

e eu pensei: eu fiz tuuudo errado messsmo!!
ao invés de vender meu carro e embarcar para a europa para trabalhar e estudar, eu devia era ter feito um implante de bunda, lábio e peito, uma lipo bem feita e depois ter contratado um agente para me transformar em famosa.... de repente hoje eu tava com casamento marcado com o ronaldinho!

1.12.04

crianças: não façam isso em casa

um amigo me liga e avisa que estão procurando uma mulher que fale inglês e português para "ajudar" executivos numa feira empresarial em bruxelas. são três dias de trabalho e "paga bem". liga para esse número...
- bom dia, eu estou interessada no "trabalho" na feira da próxima semana, aqui em bruxelas, eu falo inglês e português e...
- você tem experiência para "o" trabalho?
- desculpa, mas eu não entendi exatamente no que consiste "o" trabalho.
- você precisa servir água e cafezinho aos visitantes, sorrir e ficar bonita o dia todo.
- hummmm. parece fácil.
- o trabalho é seu!

algo me diz que estou entrando numa roubada.
semana que vem, crianças, as impressões da minha "primeira vez" como bonequinha de feir... ops, digo, como RP.