22.4.05

poesia de rua

ontem, saindo do metrô, vi um velhinho bem velhinho, tocando clarinete muito bem, e com a capa do clarinete aberta no chão, cheia de moedas. ele tinha um recadinho escrito em francês que dizia alguam coisa assim: a música é a poesia sem palavras vibrando as partículas do ar.

achei tão bonitinho tudo. parecia cena de filme.
e pensar que, quando vim para a europa pela primeira vez, pequenininha, fiz meu pai dar moedas para cada músico de rua que passamos. e paris era lotada deles.

não é que agora faltem músicos de rua (ou de meios de transportes) por aqui. acontece que há anos já, as figuras que entram nos ônibus ou metrôs tocando música, não são exatamente músicos. são imigrantes ilegais tentando achar uma forma criativa de pedir dinheiro. nada contra. a não ser pelo fato que TODOS tocam gaita (para os cariocas e paulistas: arcodeão) e quase todos tocam muito mal. fora que quando um "grupo musical" desce numa estação, um outro sobe. juro. é triste. e muito barulhento.

Um comentário:

Anônimo disse...

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