28.6.05

prova de resistência

eu sempre achei que casar, decidir morar junto, se apaixonar não era difícil. difícil mesmo era CONTINUAR casada, SEGUIR morando junto depois de meses, anos, e AMAR, mesmo depois que a paixão passasse. na minha cabeça, que sempre se apaixonou umas duas vezes por semana, esses é que eram o grande desafio da humanidade... ou, no caso, prova de resistência extremamente difícil para uma menina curiosa, metida, espoleta, que se divide entre crises de alegria e tristeza e que não pensa mais de duas vezes antes de jogar tudo para cima e comprar uma passagem para onde quer que seja. eu.

lá pelas tantas, depois de alguns namoros relativamente longos, e fins de namoros, por vezes longos, por vezes curtos, cheguei à conclusão de que era melhor não pensar ou calcular muito. se acontecesse de eu realmente me apaixonar novamente por alguém que valeria à pena, iria logo morar junto, casar, dividir a pia do banheiro, essas coisas. antes que acabasse a época do floreado, do romance, do tudo rosa. caso contrário, acabaria nunca vivendo com alguém. nunca casaria. eu acho que seria totalmente incapaz de namorar por, sei lá, seis anos, antes de casar com alguém. mas vai saber... eu acho que, com toda a minha impaciência, não conseguiria nem tentar.

conscientemente, foi exatamente isso que eu fiz. seis meses depois de ser pega de surpresa completamente apaixonada pelo, então, meu amigo piero, me mudei de mala(s) e cuia para a casa dele.

e, essa semana, faz um ano.

e eu continuo me apaixonando duas vezes por semana. quase sempre é por ele mesmo.

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